quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

48, de Susana Sousa Dias


Caminhos do Cinema Português apresentam na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (Brasil) a 9 de Dezembro:

48 de Susana Sousa Dias

O Grande Prémio do festival estará em exibição além-fronteiras. Esta é a quarta sessão que levará os principais titulos do cinema português a um novo palco. Com a exibição de uma sessão mensal na Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, vamos levar o cinema português mais longe divulgando-o numa missão que é de todos nós.
Uma extensão dos Caminhos do Cinema Português em colaboração com o Bacalhau Cinema Clube!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O nosso convidado: Leandro Mendonça

O terceiro convidado para a sessão de sexta-feria será Leandro Mendonça, professor e pesquisador com trabalho relevante sobre cinema português.

Professor Programa de Pós-graduação em Ciência da Arte da Universidade Federal Fluminense (PPGCA), doutor Ciências da Comunicação/Cinema, advogado membro da Comissão de Direito Autoral e do Entretenimento da OAB/RJ. Coordenador do LCV – Laboratório de Cinema e Vídeo no PPGCA/UFF. Curador e Produtor da Mostra de cinema português. Pesquisa mercado cinematográfico, cinema brasileiro, cinema português, crítica cinematográfica e comédia popular, economia da cultura, direito autoral e mercado audiovisual.

O nosso convidado: Jorge Luiz Cruz

A terceira sessão contrará também com a presença especial de um pesquisador brasileiro especialista em cinema português: Jorge Luiz Cruz.

Graduado em Educação Artística História da Arte pela Uerj (1983), é mestre em Comunicação pela UFRJ (1990) e doutor em Comunicação e Semiótica pela Puc-SP (2002). Professor adjunto do Instituto de Artes e do Programa de Pós-graduação em Artes da UERJ. Tem experiência na área de Artes, em performance, artes plásticas e cinema/vídeo, com ênfase em Roteiro e Direção Cinematográficos, atuando principalmente nos seguintes temas: cinema, comunicação, artes, performance, artes plásticas e roteiro cinematográfico. Organizou o livro "Gilles Deleuze: sentidos e expressões" (RJ, Ciência Moderna, 2006). Realizou a Máquina-performance no Rio de Janeiro; o curta-metragem "A quadrilha", 2002, em 35 mm; e escreve e apresenta o programa A BALADA DO LOUCO, na web rádio Revolução FM (www.radiorevolucaofm.com.br).

O nosso convidado: Paulo Venâncio Filho

O convidado para apresentar a comentar a próxima sessão do Bacalhau Cinema Clube é o crítico, professor e curador Paulo Venâncio Filho.

Possui graduação em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1983), mestrado em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992) e doutorado em Comunicação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998). Atualmente é professor titular da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Artes, com ênfase em História da Arte, atuando principalmente nos seguintes temas: arte contemporânea, arte brasileira, crítica de arte, pintura e cultura brasileira.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Sessão 3: O Meu Amigo Mike ao Trabalho




MIDAS FILMES  apresenta um filme de FERNANDO LOPES com o pintor MICHAEL BIBERSTEIN Participação Especial MARIA JOÃO SEIXAS  PEDRO DUARTE Director De Fotografia EDMUNDO DÍAZ Chefe Electricista JOSÉ MANUEL RODRIGUES Assistente IVÂNIA WEST Director de Som PEDRO MELO Estúdio de Montagem e Misturas MOS FILMES Directora de Produção JOANA CUNHA FERREIRA Colaboração Especial MANUEL MESQUITA Produtor Executivo PEDRO BORGES Realização FERNANDO LOPES Uma Produção MIDAS FILMES Produtor Associado BA FILMES Com O Apoio SPA SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES, INSTITUTO CAMÕES, este filme foi produzido com o investimento do FICA FUNDO DE INVESTIMENTO NO CINEMA E AUDIOVISUAL
PORTUGAL, 2008, 48’, COR, BETADIGITAL


"Mike,  o meu amigo, é meio suíço, meio americano. É pintor e vive há 30 anos em Portugal, onde ele descobriu a sua Ilha dos Amores. É pois também português.

Na Fonte Santa, entre e o Redondo e o Alandroal tem o seu atelier, um enorme hangar onde fizemos este filme. O seu nome de guerra é Michael Biberstein. Reconhecido internacionalmente, é um pintor presente na Gulbenkian, em Serralves e na Colecção Joe Berardo, no que a Portugal diz respeito, e no estrangeiro no Museu Reina Sofia, em Madrid, o Beaubourg em Paris, no Whitney Museum em Nova York. Para lá dos múltiplos coleccionadores particulares portugueses e estrangeiros.

Decidimos partir para esta aventura numa conversa em casa de amigos comuns.
"Mike, porque é que não fazes um quadro para eu filmar?". "Porque não?", respondeu-me o Mike. "Devo dizer-te, no entanto, que se não gostar do quadro não há filme". "Vamos arriscar, essa é a verdadeira natureza do cinema, e já agora da pintura, não achas?". Arriscámos, e aqui está o resultado.
O Mike deu-me a ver e a filmar a sua viagem interior na criação de uma pintura. Filmámos pois o silêncio, o seu mistério, e a sua magia.
Fernando Lopes"

In http://www.midas-filmes.pt/producao.html


"Fernando Lopes faz parte duma geração de realizadores que desponta para o cinema através do movimento cineclubista (foi sócio do Cineclube Imagem) e que adquire os primeiros conhecimentos técnicos graças ao trabalho em televisão (ingressou na Rádio Televisão Portuguesa no ano de inauguração, 1957).
Partiu para Londres em 1959, como bolseiro do Fundo de Cinema Nacional, aí frequentando um curso de realização na London School of Film Technique e vindo a rodar em 1960 as curtas-metragens The Bowler Hat, Interlude e The Lonely Ones. De regresso a Portugal, filma vários documentários, alguns dois quais para televisão, neles revelando uma linguagem moderna, longe do que era habitual nesse tipo de projectos: Marinha Portuguesa (1961), Ano Mundial do Refugiado (1961), Domingos Sequeira (1961), O Voo da Amizade (1961), As Pedras e o Tempo — Évora (1961), A Cidade das Sete Colinas — Marçano Precisa-se (1962), Este Século em que Vivemos (1962), As Palavras e os Fios (1962), 1X2 (1963).
Em 1964 realiza Belarmino, um filme-documento tomando como ponto de partida a figura do pugilista Belarmino Fragoso, um antigo campeão em fase de decadência, que é entrevistado pelo jornalista Baptista Bastos. Num misto de ficção e documentário, a câmara deambula por uma Lisboa que vai desaparecendo (as antigas salas de cinema, os clubes nocturnos), ao som de "jazz" (género musical que pela primeira vez constituía a banda sonora dum filme português).
Depois dum estágio de três meses em Hollywood, em 1965, retoma a realização de trabalhos para televisão e de mais alguns documentários, como Cruzeiro do Sul (1966), sobre a navegação aeronaval portuguesa e as figuras dos pilotos Gago Coutinho e Sacadura Cabral, Vermelho, Amarelo e Verde (1966), Hoje, Estreia (1967), Tejo — Rota do Progresso (1967) e Aventura Calculada (1970), sobre o Laboratório Nacional de Engenharia Civil.
Em 1970 é nomeado presidente do Centro Português de Cinema, cooperativa de cineastas apoiada pela Fundação Calouste Gulbenkian. Um ano depois realiza aquele que é considerado um dos melhores filmes de sempre do cinema português e, indiscutivelmente, uma das mais conseguidas adaptações duma obra literária ao grande écran. Uma Abelha na Chuva, com base no romance homónimo de Carlos de Oliveira, não se limita a ser a transposição para a tela, capítulo a capítulo, do original (o que se tentava, em geral, e acabava por ser uma falha das adaptações de textos literários), mas o resultado duma análise profunda do romance de Oliveira, a que Fernando Lopes retirou personagens que seriam menos "cinematográficas" e acrescentou uma representação teatral de "Amor de Perdição", de Camilo Castelo Branco, com cenas que estabelecem um paralelismo com os sentimentos e a conduta da principal personagem feminina. A fotografia a preto e branco de Augusto Cabrita (que já havia assinado a fotografia de Belarmino) é dos trabalhos técnicos mais perfeitos até então realizados, valorizando cenas dum rigor estético invulgar e contribuindo para transmitir o desencanto dum Portugal rural opressivo.
O documentário Nacionalidade: Português (1972), com produção do escritor Nuno Bragança, e a direcção da renascida revista Cinéfilo (1973-1974) são os seus trabalhos de maior vulto antes da Revolução de 25 de Abril de 1974, cujos desenvolvimentos filmou com outros realizadores, colaborando na autoria colectiva de As Armas e o Povo (1975).
Data ainda de 1975 o seu documentário O Encoberto, dedicado à polémica estátua de D. Sebastião no centro da cidade de Lagos, criada pelo escultor José Cutileiro. Habitat (1975), outro documentário, antecede a sua terceira longa-metragem, Nós Por Cá Todos Bem (1976), em que, partindo do percurso de vida da sua própria mãe, faz contrastar a vida no campo e na cidade e faz preservar experiências de vida ocorridas num contexto político-social distante do da realização do filme.
Sons e Cores de Portugal (1977) e Lisboa (1979), este último para televisão, são outros trabalhos na área do documentarismo no final da década de 70, um período em que se intensifica a sua actividade televisiva ao dirigir entre 1978 e 1980 a programação do segundo canal da Rádio Televisão Portuguesa, a que imprimiu uma identidade própria, distinguindo-o significativamente do primeiro canal.
Findas as funções na RTP 2, Fernando Lopes regressa ao cinema com o documentário Altitude 114 e, em 1984, com a adaptação do romance de Mário Zambujal Crónica dos Bons Malandros. Ainda que menos elogiado pela crítica do que os seus filmes de fundo anteriores, Crónica dos Bons Malandros regista um assinalável êxito junto do público, graças à popularidade do livro (e do seu autor) e ao conjunto de intérpretes, na sua maioria muito conhecidos do teatro e da televisão.
A próxima longa-metragem, Matar Saudades (1987) volta a suscitar algumas reservas por parte da crítica, mas traz aos écrans um tema estranhamente pouco frequente no cinema nacional, ainda que constitua uma constante da vida portuguesa: a emigração. A história do regresso dum emigrante ex-combatente da Guerra Colonial não merece também os favores do público numa época, aliás, de acentuadas dificuldades económicas no campo do cinema. Há um número relativamente escasso de produções nacionais no final da década de 80, embora se intensifique o regime de co-produção, a que Fernando Lopes recorrerá para O Fio do Horizonte (1993). Trata-se da adaptação dum original do escritor italiano Antonio Tabucchi, nome de há muito ligado à cultura portuguesa.
Embora continuando a dedicar-se ao cinema através da realização de documentários, como Se Deus Quiser (1996) (para televisão), Gérard fotógrafo (1997), Lissabon — Wupperthal — Lisboa (1998) e Cinema (2001), uma homenagem ao cinema português e aos que nele trabalham, Fernando Lopes volta a obter o reconhecimento unânime da crítica com a adaptação da obra emblemática de José Cardoso Pires O Delfim, retrato dum marialvismo localizado nos anos 60, mas não completamente erradicado da sociedade portuguesa.
Com experiência também no campo do ensino (na Escola Superior de Cinema), Fernando Lopes é um dos mais prestigiados realizadores portugueses, responsável por alguns dos filmes esteticamente mais inovadores da cinematografia nacional.
Autoria: Alcides Murtinheira"

In http://www1.uni-hamburg.de/clpic/tematicos/cinema/realizadores/lopes_fernando.html

Nosso Terceiro Bacalhau!!!!

Data: 19 de Novembro de 2010
Hora: 18h
Local: Cinemateca do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro

Entrada Franca

Filme: O Meu Amigo Mike ao Trabalho (2008), de Fernando Lopes, 48'

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

CONVITE: dia 21 de Outubro

Nosso Segundo Bacalhau!

Data: 21 de outubro de 2010
Horário: 18h
Entrada Franca

Filmes: Guisado de Galinha (2008), de Joana Toste, 7'
Paisagem Urbana com Rapariga e Avião (2008), de João Figueiras, 24'
China, China (2007), de João Pedro Rodrigues e João Rui Guerra da Mata, 19'
A Rua (2008), de José Filipe Costa, 10'

Sessão 2: China, China



Portugal, 2007, FIC, 35mm, Cor, 19'
Realizador: João Pedro RodriguesJoão Rui Guerra da Mata
Produtor: João Figueiras, BLACK MARIA, Produção Audiovisual
Argumento: João Rui Guerra da Mata
Fotografia: Rui Poças
Montagem: Rui Mourão
Som: Nuno Carvalho
Idioma Original: Mandarim, Português

Sinopse: China desce as escadas em direcção ao Martim Moniz, em Lisboa.
“China, China!”, gritam as crianças quando ela passa.
China vai voar. Fugir para longe ao amanhecer. Ela só quer ser feliz. Mas China bebe o seu próprio veneno. Bebe-o até ao fim.
Por vezes o ar parece carregado de mal e o purgatório um jardim infantil.


João Pedro Rodrigues
Nasceu em Lisboa, em 1966. Depois de um curso de Biologia, João Pedro Rodrigues frequentou a Escola Superior de Teatro e Cinema entre 1985 e 1989. Trabalhou em quatro filmes como assistente de realização e montagem entre 1989 e 1996 com alguns nomes conhecidos do meio cinematográfico português, entre eles destaca-se Teresa Villaverde. Uma das suas primeiras curtas metragens, “Parabéns!”, de 1997, participou no Festival de Cinema de Veneza no mesmo ano e recebeu uma menção especial do Júri. Em 2000 João Pedro Rodrigues levou a sua primeira longa metragem, “O Fantasma” (2000) ao Festival de Cinema de Belfort, onde recebeu o Prémio para a melhor Longa Metragem Estrangeira. Recentemente realizou “Odete”, longa metragem que grangeou uma Menção Especial dos Cinémas de Recherche em Cannes 2005, Quinzena dos Realizadores.

Filmografia:
2009 MORRER COMO UM HOMEM (FIC, 35mm, Cor, 105')
2007 CHINA, CHINA (FIC, 35mm, Cor, 19')
2005 ODETE (FIC, 35mm, Cor, 98')
2000 O FANTASMA (FIC, 35mm, Cor, 90')
1998 VIAGEM À EXPO (DOC, Betacam, Cor, 54')
1998 O PASTOR (FIC, 35mm, Cor, 17')
1997 PARABÉNS (FIC, 35mm, Cor, 14')


João Rui Guerra da Mata
Começou a trabalhar em cinema em 1995.
É colaborador regular de João Pedro Rodrigues.
É professor na Escola Superior de Teatro e Cinema desde 2004.

in http://curtas.pt/agencia/realizadores/529/

Sessão 2: A Rua



Portugal, 9 min, 35mm, 1 :66, Cor, 2008
Realização José Filipe Costa
Fotografia Paulo Menezes aip
Som Olivier Blanc
Direcção Artística Elisabeth Coutant
Produção executiva Paula Oliveira
Produção Fernando Vendrell e Luís Alvarães
Com: Ana Brandão, Sérgio Praia e Paula Só

Sinopse: Ana e Ricardo mudaram-se há pouco tempo para uma casa num condomínio privado.
Ana descansa, Ricardo arruma os livros na estante, Sofia, a empregada, faz a limpeza.
Lá fora, os vizinhos jogam golf…

O formato da curta adequa-se ao estudo da lógica do instante: como é que um só evento pode condensar tensões e expectativas que estão lá desde sempre na relação entre duas pessoas? Como é que um incidente se pode tornar num espelho em que duas
pessoas se revêem e dá a ver o mundo social que os condiciona? Quando a partir de um microacontecimento nada será como dantes…
José Filipe Costa


José Filipe Costa
José Filipe Costa é doutorando do Royal College of Art. O seu doutoramento sobre o cinema português e o P.R.E.C. tem como caso de estudo o filme Torre Bela, (1977), de Thomas Harlan. É investigador colaborador da UNIDCOM/IADE. Realizou e escreveu as curtas metragens A Rua (2008), Chapa 23 (2006), Domingo (2006) e Undo (2004) e os documentários Senhorinha (1999) e Entre Muros (2002).
Foi argumentista, realizador e coordenador da série de divulgação cientifica Histórias da Vida na Terra (2008). Foi critico no jornal Independente, fez parte do conselho redatorial da revista Docs.pt e publicou o livro O cinema ao poder! (2002), Hugin. Em 2005 completou o curso de realização de cinema no programa de Criação e Criatividade Artística da Fundação Calouste Gulbenkian, em colaboração com a London Film School. Licenciou-se e fez mestrado em Ciências da Comunicação, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.

in http://aim.org.pt/josefilipe.html

Filmografia:
A Rua (2008)
Domingo (2005)
Undo (2004)
Entre Muros (2002)
senhorinha (2000)

MA in Communication Sciences (specialisation in cinema) at Universidade Nova de Lisboa. Teaching at Instituto de Artes e Design (IADE), Lisbon. Co-directed the documentary film Entre Muros (In Between Walls, 2002 International Competition at Cinéma du Réel Festival Internationale de Cinéma Documentaire, Paris and Festival dei Popoli, Florence) and wrote and directed the short fiction films Undo (2004), Domingo (Sunday, 2005, Hamburg International Short Film Festival, Festival de Curtas Metragens do Rio de Janeiro, Arte Franco-German TV). Published the book O cinema ao Poder! (Power to the cinema!) (Hugin, Lisbon, 2002.)

in http://www.rca.ac.uk/Default.aspx?ContentID=502513

Sessão 2: Paisagem urbana com rapariga e avião



Portugal, 2008, FIC, 35mm, Cor, 24'
Realizador: João Figueiras
Produtor: João Figueiras, BLACK MARIA, Produção Audiovisual
Argumento: João Figueiras
Fotografia: Leonardo Simões, Paulo Ares
Montagem: João Figueiras
Som: Luis Botelho, Michele Chan, Tiago Matos
Actores Principais: Dinarte Branco, Olena Radionova
Idioma Original: Português

Sinopse: Rapaz conhece rapariga. Dino e Helena vivem um quotidiano difícil num crescendo de angústia que os encurrala na procura de uma solução urgente.

Indie Lisboa 2008: Melhor curta-metragem portuguesa e Menção honrosa no prémio RTP2 Onda Curta
31ª edição do Festival Internacional de Curtas-Metragens de Clermont-Ferrand: Seleccionado para a competição internacional.


João Figueiras
Nasceu em 1969.
Licenciado em Edição na E.S.T.C. (Lisboa).
Fundador, com Sandro Aguilar da companhia produtora O Som e a Fúria (1998).
Fundador da produtora Black Maria (2006).
Representanto português no encontro "Producers on the move". Uma iniciativa do European Film Promotion (EFP), organismo criado pelo programa MEDIA da União Europeia, e conta anualmente com a presença de uma vintena de produtores independentes a convite dos respetivos países.

Filmografia:
2010 PICKPOCKET(Portugal, 2010, FIC, Betacam SP, Cor, 20')
2008 PAISAGEM URBANA COM RAPARIGA E AVIÃO(Portugal, 2008, FIC, 35mm, Cor, 24')
2003 A OLHAR PARA CIMA(Portugal, 2003, FIC, 35mm, Cor, 15')
2000 CONTRA RITMO (Portugal, 2000, FIC, 35mm, Cor, 12')

Sessão 2: Guisado de Galinha




Portugal, 2008, ANI, Betacam SP, Cor, 5'
Realizador: Joana Toste
Produtor: Joana Toste, Gomtch-Gomtch
Argumento: Joana Toste
Fotografia: Joana Toste
Montagem: Joana Toste
Música: Pedro Jóia
Animação: Carlos Fernandes, Osvaldo Medina, Pedro Brito, Ricardo Blanco
Técnica de Animação: Desenho sobre papel
Idioma Original: Português

Sinopse: Ai… Portugal!



Joana Toste
Nasceu em Maio de 1970. Licenciou-se em Design Industrial, ao que se seguiu uma pós-graduação na mesma área na Glasgow School of Art/Centro Português de Design. Estudou pintura na Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa e em 1992 interrompeu os estudos por um ano para estudar animação na Tobistoon. Desde essa altura trabalhou sempre em animação, colaborando com vários estúdios e desenvolvendo os seus próprios projectos. Em 2004 fundou a sua própria produtora, a Gomtch Gomtch. Simultaneamente trabalha em ilustração, cenários para teatro, workshops para crianças e criação de páginas de internet.

Filmografia
2010 R-XYZ (Portugal, 2010, ANI, Betacam SP, Cor, 5')
2008 GUISADO DE GALINHA (Portugal, 2008, ANI, Betacam SP, Cor, 5')
2007 CÃES MARINHEIROS (Portugal, 2007, ANI, Betacam SP, Cor, 6'30'')
2007 SERÃO (Portugal, 2007, ANI, 35mm, Cor, 3')
2005 MENU (Portugal, 2005, ANI, Betacam SP, Cor, 3'21'')
2005 PIU-TOC-NHAM (Portugal, 2005, ANI, Betacam, Cor, 10’’)
2004 A DAMA DA LAPA (Portugal, 2004, ANI, 35mm, Cor, 4'30'')

In http://www.curtas.pt/agencia/realizadores/184/

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O nosso convidado: Jorge Luiz Cruz

A sessão desta tarde contrará também com a presença especial de um pesquisador brasileiro especialista em cinema português: Jorge Luiz Cruz.

Jorge Luiz Cruz
Graduado em Educação Artística História da Arte pela Uerj (1983), é mestre em Comunicação pela UFRJ (1990) e doutor em Comunicação e Semiótica pela Puc-SP (2002). Professor adjunto do Instituto de Artes e do Programa de Pós-graduação em Artes da UERJ. Tem experiência na área de Artes, em performance, artes plásticas e cinema/vídeo, com ênfase em Roteiro e Direção Cinematográficos, atuando principalmente nos seguintes temas: cinema, comunicação, artes, performance, artes plásticas e roteiro cinematográfico. Organizou o livro "Gilles Deleuze: sentidos e expressões" (RJ, Ciência Moderna, 2006). Realizou a Máquina-performance no Rio de Janeiro; o curta-metragem "A quadrilha", 2002, em 35 mm; e escreve e apresenta o programa A BALADA DO LOUCO, na web rádio Revolução FM (www.radiorevolucaofm.com.br).

terça-feira, 31 de agosto de 2010

A nossa convidada: Ana Isabel Soares

A primeira sessão do Bacalhau Cinema Clube terá como comentadora convidada a Prof. Ana Isabel Soares, docente da Universidade de Algarve e investigadora do CIAC - Centro de Investigação em Artes e Comunicação.

Ana Isabel Soares
Doutorada no Programa em Teoria da Literatura (FLUL) com tese sobre David Wojnarowicz, Ana Isabel Soares prepara um pós-doutoramento, no mesmo Programa, sobre poesia e uma linhagem do documentário português. Tem artigos publicados e leccionou seminários e palestras sobre a obra de António Reis e Margarida Cordeiro.

É Professora Auxiliar com nomeação definitiva na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve, onde lecciona Literatura e Cinema e História do Cinema nos cursos de licenciatura e Teoria da Imagem no curso de pós-graduação em Comunicação, Cultura e Artes. É investigadora do Centro de Investigação em Artes e Comunicação (UAlg e ESTC). Editou com Mirian Tavares a colecção de ensaios sobre estudos fílmicos, É Perigoso Debruçar-se Para Dentro (2007).

Foi durante muitos anos membro activo da direcção do Cineclube de Faro e hoje integra a Mesa da Assembleia daquela associação. É membro fundador e actual dirigente da AIM - Associação de Investigadores da Imagem em Movimento.

domingo, 29 de agosto de 2010

Sessão 1: História trágica com final feliz



Sinopse:
Há pessoas que são diferentes. E tudo o que desejam é serem iguais aos outros, misturarem-se deliciosamente na multidão. Há quem passe o resto da vida lutando para conseguir isso, negando ou tentando abafar essa diferença. Outros assumem-na e dessa forma elevam-se, conseguindo assim um lugar… no coração.

Ficha Técnica:
Realização: Regina Pessoa
Argumento: Regina Pessoa
Produtor: Patrick Eveno, Abi Feijó, Jacques-Rémy Girerd e Marcel Jean
Ano: 2005
Género: Animação, Curta-metragem
Duração: 7’

Elenco:
Manuela Azevedo (Narrador)
Elina Lowensohn (Voz)

Prémios:
Cinanima, Portugal (2005) – Melhor Filme Português, Prémio Especial do Júri, Prémio da Crítica e Prémio RTP/Onda Curta
Festival de Granada, Espanha (2005) – Melhor Animação
Caminhos do Cinema Português, Portugal (2006) – Melhor Filme de Animação
Anifest, República Checa (2006) – Prémio Especial do Júri
CNC, França (2006) – 1º Prémio à Qualidade
SICAF, Coreia do Sul (2006) – Grande Prémio
Festival de Curtas-Metragens do Hospital Júlio de Matos, Portugal (2006) – 1º Prémio
Annecy International Animated Film Festival, França (2006) – Grande Prémio e Prémio TPS
Melbourne International Arts Festival, Austrália (2006) – Prémio Best Session
Montecatini, Itália (2006) – Menção Especial
Animamundi, Brasil (2006) – 2º Prémio Especial do Júri Design e 2º Prémio Especial do Júri Banda Sonora
Silhouettes, França (2006) – Prémio do Público, Menção do Júri e Menção do Júri Jovem
International Animation Festival Hiroshima, Japão (2006) – Prémio Especial do Júri
Jornada Internacional de Cinema da Bahia, Brasil (2006) – Tatu de Prata
Ovarvídeo, Portugal (2006) – Prémio do Público
Mecal – Festival Internacional de Curtmetratges de Barcelona , Espanha (2006) – Grande Prémio
AniMadrid, Espanha (2006) – 3º Prémio
CICDAF, China (2006) – Prémio Especial
Columbus, EUA (2006) – Menção de Honrosa
Interfilm Berlin, Alemanha (2006) – Melhor Animação
L’Alternativa – Barcelona Independent Film Festival, Espanha (2006) – Menção Especial
Siena, Itália (2006) – Prémio Especial para Animação
Animated Dreams, Estónia (2006) – Menção Especial do Júri
Curta Cinema, Brasil (2006) – Menção Especial
Festival Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira, Portugal (2006) – Menção do Júri
Festival du Film Court Francophone Vaulx en Velin, França (2007) – Coup de Coeur du Jury
Tricky Women Festival Viena, Áustria (2007) – Prémio Tricky Womem
South by Southwest, EUA (2007) – Grande Prémio do Júri
Nashville, EUA (2007) – Menção Honrosa
Festival de Cinema da Covilhã, Portugal (2007) – Melhor Realização
Lutins du Court-Métrage, França (2007) – Melhor Animação
Toronto International Portuguese Film Festival, Canadá (2007) – Melhor Curta-metragem
Platform International Animation Festival, EUA (2007) – Prémio do Público
European Animated Film Festival BALKANIMA, Sérvia (2007) – Prémio FIPRESCI
The Golden Elephant Film Festival, Índia (2007) – Melhor Banda Sonora
International Film festival Krakow, Polónia (2007) – Mensão Honrosa
Prémio Nacional Manuel Pinto de Azevedo Jr, Portugal (2007) – Prémio Inovação
FIKE – Festival Internacional de Curtas-metragens de Évora, Portugal (2007) – Melhor Animação

Nomeações:
Genie Awards, Canadá (2007) – Melhor Animação
Forum Cartoon Pau, Europa (2006) – Nomeação para o Cartoon d’Or

In http://filmesportugueses.com/historia-tragica-com-final-feliz/

Regina Pessoa
Licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas Artes da Universidade Do Porto, em 1998.
Em 1992, começa a trabalhar no Estúdio Filmógrafo, onde colabora como animadora em vários projectos.
Em 1999 anima e realiza o seu primeiro filme “A Noite”, em gravura sobre placas de gesso.
Em 2005 realiza a curta-metragem de animação “História Trágica com Final Feliz”, igualmente em gavura, cujo projecto foi distinguido com 3 prémios no “Epace Projects” em Annecy 2001 e 4 no Cinanima’05.
Frequência de: Atelier de Animação no Cinanima, orientado por Rodolfo Pastor: story-board e filme (técnica de recortes), 1992;
Estágio de Animação (Desenho e Volume), uma co-produção dos estúdios Filmógrafo (Portugal) e Lazennec Bretagne (França), 1993/94;
Cartoon Master – “Como apresentar um Projecto”, em Asolo, Itália, 1995.
Participação no Espace Projets – Annecy’95, com o projecto “A Noite”;
Co-orientação de vários Ateliers de Animação, desde 1992.
Em 1992 começa a trabalhar no Filmógrafo – Estúdio de Cinema de Animação do Porto.
Participa, como animadora, no filme “Os Salteadores”, de Abi Feijó – 92/93;
Animação e design gráfico do filme “Fado Lusitano”, de Abi Feij6 – 94/95;
Animação do filme “Clandestino”, de Abi Feijó – 99/2000.

In http://www.curtasmetragens.pt/agencia/realizadores/408/

Sessão 1: Deus não quis





SINOPSE: Deus Não Quis é baseado na dramatização dos versos da canção popular LAURINDINHA.
É a historia de RAMIRO, um rapaz novo, que parte para a Guerra; do seu regresso e do desencontro com o amor da sua vida - LAURINDA.

Actores : Catarina Lacerda, Fernando Delfim Duarte e Armando Ladeira
Produção e Realização : António Ferreira
Argumento : Miguel Triantafillo
Fotografia : Paulo Ares
Som : Michelle Chan
Figurinos : Tathiani Sacilotto
Música : Luis Pedro Madeira

Uma Produção : PERSONA NON GRATA PICTURES 2007
Apoio : MC/ICAM
Co-Produção : RTP
35mm - 15 min - Portugal - 2007

António Ferreira
António Ferreira nasceu em Coimbra em 1970. Inicia-se profissionalmente como programador informático, profissão que viria abandonar em 1990, quando se muda para Paris. Em 1994 ingressa em Lisboa, na Escola Superior de Teatro e Cinema (ESTC). Em 1996, muda-se para a Alemanha para estudar na Academia de Cinema e Televisão de Berlim (dffb). Em 2000, ganha notoriedade com a curta metragem “RESPIRAR (debaixo d’água)” que o levou até ao Festival de Cannes e com a qual ganhou vários prémios em diversos festivais internacionais. Em 2002, estreia-se na longa metragem com “Esquece tudo o que te disse”, que se tornou num dos filmes portugueses mais vistos em Portugal nesse ano. Em 2007 estreia a curta curta-metragem “Deus Não Quis”, com a qual ganha mais de uma dezena de prémios internacionais. Em 2010 estreia a sua segunda longa-metragem "Embargo", uma adaptação de José Saramago.
Reside e trabalha actualmente em Coimbra, onde dirige a sua produtora ZED FILMES – CURTAS E LONGAS, com a qual produz ficção e documentários dos mais diversos realizadores.

In http://pngpictures.com/deusnaoquiscurta.htm

Sessão 1: Fim-de-semana




FIM-DE-SEMANA de Cláudia Varejão
Uma casa de campo. Um fim-de-semana. Uma família.
O tempo passa. O silêncio prevalece.
“Mas escuta a respiração do espaço,
a mensagem incessante que é feita de silêncio”
R. M. Rilke

CLÁUDIA VAREJÃO (Porto, 1980)
Em 2002, iniciou os estudos em imagem e realização na Restart, em Lisboa. A finalizar o curso, realizou o documentário Falta-me. Em 2006, estudou realização para cinema na Academia Internacional de Cinema de São Paulo, Brasil. Trabalha regularmente em documentário e em projectos de vídeo para teatro e dança.

Com: Adriana Moniz, Adriano Luz, João Gil, Manuela Couto
Argumento, realização e montagem: Cláudia Varejão
Assistente de realização: Graça Castanheira
Direcção de arte: Carolina Espírito-Santo
Direcção de fotografia: David Bonneville
Assistente de imagem: Aurélio Vasques
Operador de câmara subaquática: João Vagos
Direcção de som: Perseus Mandillo
Perche: Eduardo Abrantes
Iluminação: Gonçalo Mendonça Português
Maquilhagem: Maria João Marques
Música: Arvo Part (Fur Alina)
Duração: 7’

In http://www.e-cultura.pt/AgendaCulturalDisplay.aspx?ID=11320&print=1

Sessão 1: Corações Plásticos







Sinopse:
Três casais – Heathcliff e Catherine, Zac e Sofia, Irina e Inácio- conduzem de carro, saíram dos seus empregos no centro da cidade e dirigem-se para a periferia, rumo às suas habitações. Conversam sobre o seu dia, discutem trivialidades. Progressivamente vão-se apercebendo que levam uma vida rotineira que os prende e sufoca. A dado momento apercebem-se que estão presos dentro dos seus automóveis, sem conseguir sair. Não existe razão aparente para que estejam presos dentro dos veículos, as portas estão destrancadas, e, em alguns casos, os vidros estão abertos. A tomada de consciência da sua prisão psicológica á vida rotineira; transforma-se numa prisão física. A cidade encontra os seus caminhos para aprisionar. Uma parábola sobre a vida urbana.

Ficha Técnica:
Realização: Sérgio Brás d’Almeida
Argumento:
Produtor:
Ano: 2008
Género: Curta-metragem
Duração: 16’34

Elenco:
Adelino Tavares
André Gago
Carlos Malato
Cláudia Jardim
Custódia Gallego
Gustavo Vargas
Francisco Nascimento
Marques d’Arede
Mónica Calle

In http://filmesportugueses.com/coracoes-plasticos/

Sérgio Brás d’Almeida (1979) - Estudou cinema na Escola Superior Artística do Porto e na F.A.M.U. (República Checa). Tem o curso de formação em actores do TUP - Teatro Universitário do Porto e o Curso de Encenação do Programa Gulbenkian Criatividade de Criação Artística. Fez estudos também em Pintura no Ar.Co e Psicologia na UNI. Realizou vários vídeos experimentais, entre os quais se contam “O País dos 3 F’s” e “Por Oposição ao Conceito de Eternidade”, presentes em festivais e mostras nacionais e internacionais, e as curtas metragens “Corações Plásticos” e “Satélites” (em produção), ambas com o apoio do ICAM. Foi director de fotografia da série para a RTP1 “O Último Tesouro”. Como actor participou em em diversos projectos do TUP, em “Abalar”, curta metragem vencedora do 1º festival de Super 8 (2004), e desde 2005 integra a estrutura de artistas Ninfas Maníacas, criando várias performances da sua autoria, donde se destacam várias versões de “Sexy World”

sábado, 21 de agosto de 2010

Porquê uma extensão do Caminhos do Cinema Português no Rio de Janeiro?


Os Caminhos do Cinema Português pretendem ser aquilo que o nome transmite, a súmula dos diferentes caminhos que a cinematografia nacional percorre. Não existe um só caminho, e disso mesmo nos damos conta quando os podemos enumerar, a saber: cinema de autor, cinema comercial, cinema para crianças e vídeo arte. O cinema português enquadra-se nos mais variados escalões etários e registos estilísticos de que a história do cinema nos pode dar conta.
O objectivo central dos Caminhos é mostrar grande parte dos trabalhos de produção e co-produção portuguesas referentes ao ano anterior a cada edição. Mas paralelamente é intenção do Festival contribuir para a formação dos diversos tipos de público que anualmente participam no mesmo - quer na qualidade de espectador, quer na qualidade de formando dos vários workshops – fomentando deste modo a discussão e a reflexão em torno das questões referentes ao nosso cinema, sem menosprezar a cinematografia internacional como elemento de contextualização.
No caso específico desta extensão dos Caminhos no Rio de Janeiro, a sua importância para o nosso Festival prende-se essencialmente com o carácter de divulgação que pretendemos ter. Para os Caminhos, é sempre um grande prazer divulgar a cinematografia que se produz em Portugal. Mas no caso desta extensão, em que se apresenta o que melhor tem o cinema português numa cidade como o Rio, mais que prazer, encaramos esta parceria com um sentimento de grande honra e também uma pontinha de orgulho.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A Caminhar pelo Cinema Português desde 1988...


O projecto do festival “Caminhos do Cinema Português” nasce em 1988 na sequência do Curso de Verão, com o nome homónimo, que a Sala de Estudos Cinematográficos da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra ministrava para estrangeiros e que se constituía como uma espécie de complemento às sessões teóricas para o visionamento de filmes.
Realizou-se então a primeira edição da então Mostra de Cinema Português, organizada à data entre a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra e o Centro de Estudos Cinematográficos da Associação Académica de Coimbra. Mostra esta que foi evoluindo, tornando-se mais tarde no Festival que projecta a produção cinematográfica nacional. O programa desta edição contou com obras de realizadores consagrados, tais como Paulo Rocha, Luís Filipe Rocha, João César Monteiro e o incontornável Manoel de Oliveira. Seguiram-se mais duas mostras em 1989 e 1990 que apostaram essencialmente em mostrar o cinema português tendo por base não um formato competitivo, mas sim uma temática. Na terceira edição, a programação subordinou-se a três grandes eixos que foram: O Documento – com a projecção de filmes como “Trás-os-Montes” de António Reis e Margarida Cordeiro, “Belarmino” de Fernando Lopes, “A Fuga” de Luís Filipe Rocha; O Texto – com filmes como “Amor de Perdição” de Manoel de Oliveira, “Conversa Acabada” de João Botelho, “Crónica dos Bons Malandros” de Fernando Lopes; O Imagiário – em que foram projectados filmes como “Verdes Anos” de Paulo Rocha, “Um Adeus Português” de João Botelho e Leonor Pinhão, entre muitos outros.
O evento sofreu então um interregno de sete anos e só volta a surgir com a quarta edição em 1997, numa organização do Centro de Estudos Cinematográficos/AAC. É a partir daí reconhecido como um evento de “manifesto interesse cultural”, e os Caminhos do Cinema Português afirma-se como o único Festival de Cinema Português. A quarta edição (outrora Mostra, agora Festival) deu destaque a toda a produção nacional, sempre com o intuito de dar a conhecer as obras pouco divulgadas e até inéditas junto do grande público.
A partir da quinta edição, os Caminhos do Cinema Português caracterizam-se pela afirmação como verdadeiro Festival de Cinema. Nesta edição do Festival foram atribuídos pela primeira vez prémios, com a constituição de um júri Oficial e com a auscultação do Público para premiar os filmes.
A estabilidade do Festival tem desde então sido uma constante, com a sucessiva introdução de novas actividades como os Ensaios Visuais e a Secção Caminhos Juniores, sendo a primeira dedicada às Escolas de Cinema e a segunda aos Jardins-de-Infância e Escolas do 1º Ciclo, criando-se desta forma um serviço educativo com o intuito de motivar as crianças e os docentes para o ensino por meio do audiovisual.
Desde 2003, o festival incorporou igualmente nas duas edições, uma vertente formativa, através do desenvolvimento de múltiplos workshops, com grandes nomes da cinematografia portuguesa como Abi Feijó, Virgílio de Almeida, Paulo Filipe Monteiro, Henrique Espírito Santo, Fernando Mateus e Cláudia Tomaz, entre outros.
De destacar a regularidade com que a Federação Internacional de Cineclubes nomeia Júris para avaliar os filmes em competição que sejam legendados em Francês ou Inglês e atribuir anualmente o Prémio D. Quijote, que para além de uma estatueta consiste ainda na selecção automática do filme vencedor para o Festival Internacional dos Cineclubes, organizado anualmente em Itália pela Federação.
Outra dinâmica introduzida no festival ao longo das diferentes edições passou pela realização de diversos colóquios e conferências subordinados à temática da cultura em geral, mas também do cinema e da sua produção.
O Centro de Estudos Cinematográficos/AAC mantém uma parceria de organização com a AACC – Associação de Artes Cinematográficas de Coimbra, que já existe desde as cinco últimas edições do evento. Esta parceria quer continuar a imprimir uma marca de distinção ao projecto sendo no entanto fiel às suas origens e ao seu carácter único no panorama do Cinema Português.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Porquê Bacalhau?


O bacalhau representa a vocação portuguesa ao deslocamento, já que, os portugueses ao lançarem-se na pesca criaram um outro modo de degustar e apreciar o famigerado peixe que, nos países de colonização portuguesa, é servido apenas após ser salgado e curado. O hábito de comer bacalhau foi incorporado à gastronomia brasileira, principalmente, com a chegada da corte no Brasil, em 1808. A partir daí, o bacalhau passou a ser oferecido não só nos dias santos e feriados, mas também ás sextas-feiras, em todas as camadas populares. 



Não apenas o cinema português, mas também os cinemas feitos nos países africanos de língua portuguesa são, em grande parte, completamente desconhecidos do público brasileiro. Circulando majoritariamente em festivais de cinema europeus, os cinemas português, cabo-verdiano, guineense, angolano, etc., não chegam ou não conseguem chegar às salas de exibição do Brasil. A recém formada Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa ressalta a importância de darmos início a um intenso período de trocas culturais, diálogos e reconhecimentos mútuos. A literatura tem sido, nos últimos anos, a principal via de troca cultural dos países da CPLP. Não somente o acordo ortográfico da língua portuguesa aponta para o interesse editorial em uniformizar e padronizar usos da língua, como também aflora o interesse na divulgação e circulação de obras literárias para além de fronteiras nacionais. O Bacalhau Cinema Clube é, neste contexto, uma tomada de decisão política em relação a esses cinemas em português tendo em vista difundi-los, acercá-los, aproximando os realizadores, os circuitos de difusão, circulação e exibição cinematográfica da CPLP.

Nosso Primeiro Bacalhau!

Data: 02 de setembro de 2010
Horário: 18h
Entrada Franca

Filmes:    História Trágica com Final Feliz (2005), de Regina Pessoa, 7'
              Corações Plásticos (2008), de Sérgio Brás d'Almeida, 17'
              Fim-de-semana (2007), de Cláudia Varejão, 9'
              Deus não Quis (2007), de António Ferreira, 15'

Mediadora: Ana Isabel Soares